A ROSA EM SONETO

A rosa, florescendo no seu galho

saúda o alvorecer com tal magia

de encanto, que irradia cor no dia

e um frescor roubado do orvalho

Tal qual uma armígera, ali resistia

ao sol do cerrado e, sem agasalho

se debatia, ao vento, por um atalho

clamando, enquanto a pétala ardia

E na luta, de livrar-se do vergalho

resplandecia mais bela e com valia

se desabrochando num mimalho

Então, gentil, a brisa e sua cortesia

trazia chuva, no sertão tão migalho

que como lágrima, na rosa acaricia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Novembro, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 14/11/2016
Reeditado em 16/03/2020
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