*SEM VOCÊ

Sou partícula, sou mistério mudo,
não sei do poço escuro tão profundo
o dilema, e trôpega vou sem rumo,
oras, me encontro, oras me consumo.

Sem você roubo estrelas aos milhares,
o pensamento embota, e sem pilares,
despenco meu olhar mirando a terra,
a mesma incerteza que se encerra.

Sem você sou dilema turvo a vista,
E no espaço, só clarão do vaga-lume,
medito na grandeza deste artista...

Torno-me pequenina e repentista
escrevo estes versos e sem defesa
que posso eu, sem você, ó natureza!



Interação

Sem o perfume das flores
Sem o canto dos pássaros
Sem marulho dos mares
É como estar no deserto dos tártaros...
 
Belo soneto, Sonia. Boa noite.
 
 
J Estanislau Filho


 
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 06/11/2016
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5815217
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