DUM CONDENADO À MORTE QUE SEGUE VIVO
“Um condenado a morte”, diz o povo.
“ Um condenado a vida_ dirá Deus?
Dilema pesa sobre os ombros meus...
Esperar mais o que posso de novo??
Sob condenação sigo vivendo,
Pensando sobre mim pesar a vida...
A morte por tragar-me vive ávida ...
Na minha vida cabe mais remendo?
Vivificando o meu espírito vejo;
Mas meu corpo prossegue condenado.
Mil fogueiras e um corpo a ser queimado...
De quais deuses eu tenho basflemado?
Que mal cheiro semeei de percevejo?
Que escarro joguei em vez de beijo.