Limítrofe
Em teus beijos de agonia,
envolto em braços de cacos,
cada vidro refletia
a tristeza, meus passados.
Dar-te-ei ódio a euforia,
darei dedos maculados
que rasga a alma mais sombria,
cega os olhos profanados.
Um poeta ou um poema,
mal escrito dentro e fora,
faz-se ausente o lexema,
todo morto, toda hora.
Como filme de cinema,
todo morto vou embora...