Limítrofe

Em teus beijos de agonia,

envolto em braços de cacos,

cada vidro refletia

a tristeza, meus passados.

Dar-te-ei ódio a euforia,

darei dedos maculados

que rasga a alma mais sombria,

cega os olhos profanados.

Um poeta ou um poema,

mal escrito dentro e fora,

faz-se ausente o lexema,

todo morto, toda hora.

Como filme de cinema,

todo morto vou embora...

Lucas Häkkan
Enviado por Lucas Häkkan em 25/10/2016
Código do texto: T5802727
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