Lençol da paixão

O lençol dos montes, acaricia

A dobra das montanhas, como ela

Suprime o desejo de uma donzela

Para outra é o manto que o fino fio fia.

É o encanto da névoa fria

Que cria, por espanto, sua mazela

Só uma paixão, amor...mera quimera

Entre os dois, nenhuma supremacia...

A dobra da montanha é assim

Acaricia e não incrimina

Envolve, silenciosa, e determina

Que o amor não tem começo nem fim

Eu, consciente, sei que foi para mim

A perdição de ter uma concubina.

OSWALDO DE SOUZA
Enviado por OSWALDO DE SOUZA em 07/10/2016
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