METADES - Poesia nº 62 do meu terceiro livro "Relevos"
Sofri! Só eu sei quanto foi tristeza!
Hoje, sou sim, um mártir sem morrer...
Entreguei-me completo a esse querer,
Que injustamente julgam de estranheza!
Vivi prazeres sim, também os medos,
Que meus seres internos descobrissem
E o meu livro da vida abrissem,
Pra desfolharem os meus dois segredos!
E sou eu, este amante duplicado,
Mesmo que igual, num sexo tão distinto,
Lhe pareçam, o amar meu, um pecado!
Mas em valores guardo o meu instinto,
Que escolhi em metades, ser amado...,
Sem nenhum dos dois sexos ser extinto!
Eduardo Eugênio Batista
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