SONETO DE ÓDIO TOTAL
Não dizeis ainda que estais livres de mim
Pois se pensais estar livres de tudo
E se cogitais que minha trama eu não mudo
Não sabeis ainda que espero vosso fim.
Por vossa porfia e por vossa covardia
Por trazer a mim o caos e o inferno
Doastes a mim pura fúria e tirania
E vos amaldiçoei com este eterno:
Um pavor latente quando amar alguém
Fiz nascer em vós propositalmente
Vivereis sozinhos, sem mim, sem ninguém
Não tendes lugar no mundo da sorte
Estais condenados a serem descontentes
Que não vos apare nem mesmo a morte.