Gosto de ver-te assim
Edir Pina de Barros
Adoro ver-te assim, bem descomposto,
sem ter certeza alguma nessa vida,
a tua face, em lágrima embebida,
as marcas dessa dor, que crispa o rosto.
Confesso que aprecio o medo exposto
no teu olhar. E ver, também, banida
a petulância, sempre desmedida,
que muito me maltrata, por suposto.
Mas que prazer eu sinto, em ver-te assim,
desnudo e frágil – pálido jasmim –
humildemente entregue à dor profunda.
Conheço, enfim, teu lado mais humano,
e não somente o outro – que é tirano –
em tal penar, que os olhos teus inunda.
Brasília, 1º de Setembro de 2.016.
Edir Pina de Barros
Adoro ver-te assim, bem descomposto,
sem ter certeza alguma nessa vida,
a tua face, em lágrima embebida,
as marcas dessa dor, que crispa o rosto.
Confesso que aprecio o medo exposto
no teu olhar. E ver, também, banida
a petulância, sempre desmedida,
que muito me maltrata, por suposto.
Mas que prazer eu sinto, em ver-te assim,
desnudo e frágil – pálido jasmim –
humildemente entregue à dor profunda.
Conheço, enfim, teu lado mais humano,
e não somente o outro – que é tirano –
em tal penar, que os olhos teus inunda.
Brasília, 1º de Setembro de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 67