Onde andará o amor?
Edir Pina de Barros
Nos olhos do menino magro e pobre,
tristeza, eu vi, também a dor e a fome,
daquela que a existência, em si, carcome,
e trinca a tez e os ossos não encobre.
Ninguém lhe estende a mão – um gesto nobre -
oferta um pão, pergunta por seu nome,
aquele que o percebe, logo some,
esquece-o, antes que uma esquina dobre.
E me pergunto, ao ver esse menino,
demais faminto, seco, tão franzino,
se existe, ainda, Amor, o dom divino.
Será que se findou, sem deixar rasto?
A fome impera neste mundo vasto,
e , lenta, mata, como a esse menino.
Publicado no Facebook em 28 de Agosto de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 70
Edir Pina de Barros
Nos olhos do menino magro e pobre,
tristeza, eu vi, também a dor e a fome,
daquela que a existência, em si, carcome,
e trinca a tez e os ossos não encobre.
Ninguém lhe estende a mão – um gesto nobre -
oferta um pão, pergunta por seu nome,
aquele que o percebe, logo some,
esquece-o, antes que uma esquina dobre.
E me pergunto, ao ver esse menino,
demais faminto, seco, tão franzino,
se existe, ainda, Amor, o dom divino.
Será que se findou, sem deixar rasto?
A fome impera neste mundo vasto,
e , lenta, mata, como a esse menino.
Publicado no Facebook em 28 de Agosto de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 70