AO PRÍNCIPE DOS POETAS

AO PRÍNCIPE DOS POETAS

Quem, por uma coroa perecível,

Faz sangrar seus males em bons versos

Busca criar paralelos universos

Tidos entre o improvável e o impossível.

Quer o aplauso: Bisar versos ao nível

Dos que mantêm plateias ao texto imersos!

Alcançando inocentes e perversos,

Nos limites do idioma inteligível.

Belas letras de real desassossego

Ou páginas e páginas de ânsia?

Cabe ao leitor julgar-lhe a extravagância...

Na apoteose, coroam-no exausto e cego

Pela obra que ele extrai com sua lira...

D'uma verdade que é pura mentira.

Belo Horizonte - 06 02 2006