Deslumbramento
Edir Pina de Barros
Quando a boca da noite avermelhada,
vorazmente, devora a luz do dia,
- que se esvai em tristíssima agonia –
no arvoredo, se aquieta a passarada.
A boiada não muge, além da aguada,
do seu galho, urutau, a lua espia,
ao passar por detrás da morraria,
sob o manto da noite estrelejada.
Solitária, a coruja pia triste,
a dizer que, no mundo, a dor existe
entranhada na essência da alegria.
Deslumbrada, repenso a própria vida,
com os fios do belo, entretecida,
nos teares eternos da poesia.
Brasília, 24 de Agosto de 2.016.
Edir Pina de Barros
Quando a boca da noite avermelhada,
vorazmente, devora a luz do dia,
- que se esvai em tristíssima agonia –
no arvoredo, se aquieta a passarada.
A boiada não muge, além da aguada,
do seu galho, urutau, a lua espia,
ao passar por detrás da morraria,
sob o manto da noite estrelejada.
Solitária, a coruja pia triste,
a dizer que, no mundo, a dor existe
entranhada na essência da alegria.
Deslumbrada, repenso a própria vida,
com os fios do belo, entretecida,
nos teares eternos da poesia.
Brasília, 24 de Agosto de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 37