Sobre o ódio
Edir Pina de Barros
Ai! Dize coração, que tanto odeia,
em toda a gente tanto escárnio atira,
que espécie de prazer transporta a ira,
que deposita fel em tua teia?
Pois Fala! Que prazer o ódio inspira
ao provocar a dor na vida alheia?
Por que nutrir peçonha em tua veia
e não o amor, que eu canto em minha lira?
Estranho coração que a tudo estranha,
quisera apaziguar a tua sanha,
teu íntimo furor, que nunca passa.
Eu canto o amor, porém, não ouves nunca,
tu vives a aguçar a garra adunca
e nada te põe peias, te amordaça.
Brasília, 20 de Agosto de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 71
Edir Pina de Barros
Ai! Dize coração, que tanto odeia,
em toda a gente tanto escárnio atira,
que espécie de prazer transporta a ira,
que deposita fel em tua teia?
Pois Fala! Que prazer o ódio inspira
ao provocar a dor na vida alheia?
Por que nutrir peçonha em tua veia
e não o amor, que eu canto em minha lira?
Estranho coração que a tudo estranha,
quisera apaziguar a tua sanha,
teu íntimo furor, que nunca passa.
Eu canto o amor, porém, não ouves nunca,
tu vives a aguçar a garra adunca
e nada te põe peias, te amordaça.
Brasília, 20 de Agosto de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 71