Soneto de amor.

Vou versar para a escrita e pra ti

tanto aqui ou na folha eu me encontre.

Santo ou sorte? A escolha eu perdi.

Pensar, desistir, ou fazer fita à estante?

Amante, porquanto, no verso me vi

rimando senti meu inverso errante

chorando o instante insosso em que li

que o encanto por ti é um passo adiante.

Mas deixe a escrita acolher minha dor,

poeta não sou mas não deixo o soneto

que em cada palavra dita busca amor.

Por fim, aqui, verás que este terceto

por mim dirá, com gosto e com jeito,

que meu verso é o jardim e tu és a flor.

Josérobertopalácio

.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 19/08/2016
Reeditado em 24/05/2020
Código do texto: T5733588
Classificação de conteúdo: seguro