Soneto de amor.
Vou versar para a escrita e pra ti
tanto aqui ou na folha eu me encontre.
Santo ou sorte? A escolha eu perdi.
Pensar, desistir, ou fazer fita à estante?
Amante, porquanto, no verso me vi
rimando senti meu inverso errante
chorando o instante insosso em que li
que o encanto por ti é um passo adiante.
Mas deixe a escrita acolher minha dor,
poeta não sou mas não deixo o soneto
que em cada palavra dita busca amor.
Por fim, aqui, verás que este terceto
por mim dirá, com gosto e com jeito,
que meu verso é o jardim e tu és a flor.
Josérobertopalácio
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