Como calar a voz que não se cala?
Edir Pina de Barros
Como calar a voz que não se cala,
que escapa pela goela da memória,
e traz à tona, sempre, a luz da história
que não se enterra, não, em qualquer vala.
Há quem jamais se entrega ou se avassala
e clama por justiça e por vitória,
e não por solução que é provisória,
que nunca muda o tom, nem mesmo a escala.
Quanta injustiça a nossa pátria encobre,
retira o pão de gente muito pobre,
que nunca tem trabalho, a paz bendita.
Jamais se calará a voz que grita
- não por retaliação, que traz desdita–
mas por reparação, que é causa nobre.
Brasília, 12 de Agosto de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 73
Edir Pina de Barros
Como calar a voz que não se cala,
que escapa pela goela da memória,
e traz à tona, sempre, a luz da história
que não se enterra, não, em qualquer vala.
Há quem jamais se entrega ou se avassala
e clama por justiça e por vitória,
e não por solução que é provisória,
que nunca muda o tom, nem mesmo a escala.
Quanta injustiça a nossa pátria encobre,
retira o pão de gente muito pobre,
que nunca tem trabalho, a paz bendita.
Jamais se calará a voz que grita
- não por retaliação, que traz desdita–
mas por reparação, que é causa nobre.
Brasília, 12 de Agosto de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 73