Metamorfoses
 
Se, tudo, enfim, passar e não restar mais nada,
então compreenderás que a vida foi tão boa,
que o tempo - bem fugaz  -  é pássaro que voa,
com ele tudo passa, acaba ou se degrada.
 
A vida, também, finda e tudo que a povoa
um dia se esvanece – até o que nos agrada –
e seguiremos sós, talvez, a mesma estrada,
à busca de outro sonho, ou mesmo andando à toa.
 
O tempo - que é voraz - corrói até rochedo,
transforma a luz do amor, que fica escassa, parca,
porém nos faz  crescer  - crescemos tarde ou cedo.
 
A mágoa passará, mesmo que deixe marca
no coração que amou e conheceu degredo,
mas superou a dor,  e tudo que ela abarca.
 
Brasília, 09 de Agosto de 2.016.

Caixa de Pandora, pg. 74
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/08/2016
Reeditado em 27/08/2020
Código do texto: T5723807
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