Lirismo
Edir Pina de Barros
Não ando só, embora ande sozinha,
existem tantos eus que estão comigo,
e só quisera ser, mas não consigo,
porque a diversidade, em mim, se aninha;
existe um eu em cada verso, linha,
o clássico, que escreve em tom antigo,
o que é atrevido, diz o que não digo,
o nobre, que à torpeza não se alinha.
Carrego a variedade na unidade,
E, cada qual, detém a liberdade,
e diz o que bem quer, o que deseja.
Apenas sou escriba, risco os versos,
de tantos eus – os líricos diversos –
que me acompanham, onde quer que esteja.
Brasília, 30 de Julho de 2016.
Livro: Lira insana, pg 16 - 2016
Edir Pina de Barros
Não ando só, embora ande sozinha,
existem tantos eus que estão comigo,
e só quisera ser, mas não consigo,
porque a diversidade, em mim, se aninha;
existe um eu em cada verso, linha,
o clássico, que escreve em tom antigo,
o que é atrevido, diz o que não digo,
o nobre, que à torpeza não se alinha.
Carrego a variedade na unidade,
E, cada qual, detém a liberdade,
e diz o que bem quer, o que deseja.
Apenas sou escriba, risco os versos,
de tantos eus – os líricos diversos –
que me acompanham, onde quer que esteja.
Brasília, 30 de Julho de 2016.
Livro: Lira insana, pg 16 - 2016