6160-SONETO À VERDADE- (XX Da Série) HÁ LIBERDADE, AINDA QUE TARDIA. Noneto-Poético-Teatral Nº 55-Soneto- Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil- Comentando reflexões de Klinger Sobreira de Almeida

6160-SONETO À VERDADE- ( XX Da Série) HÁ LIBERDADE, AINDA QUE TARDIA. (Rastreando a Verdade)

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Noneto-Poético-Teatral Nº 55-Soneto-Nº 6.160

Intervenção-interpretativa da Reflexão de

Klinger Sobreira de Almeida/ALJGR/PMMG.

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)

Árcade-Parceira-Assessora na ALJGR/PMMG.

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O SER Humano não quer ter correntes...

No transformismo, se escolher o mal,

mesmo alertado, vai "ranger os dentes"

terá desordem, sem padrão normal.

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Neste planeta há boas/más sementes:

_"Expiações e Provas" trazem cruz real!

Todo homem livre amplia suas lentes;

inteligente segue o bom canal.

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Sabe esperar porvir distante, em lida,

valor maior conquista e tudo faz;

somente pela lei do AMOR cumprida.

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Isto é possível? -Sim e alguém diria:

-Harmonia, Progresso, Ordem, Paz...

Há LIBERDADE, ainda que tardia.

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Belo Horizonte, julho, 2016

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5701481

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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes//

na 4ª, 6ª, 8ª; 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB,CDC, EDE;

Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético:

CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz, com apenas 5 instrumentos musicais.

SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais.

(Noneto musical criado por Villa Lobos)

(Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta)

Mensagem conclusiva no 14º Verso( Último do segundo terceto).

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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5701481

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Prezados Confrades e Confreiras,

Dizem os entendidos que o vinho, ingerido moderadamente, sem abuso, é salutar. Mas, quando exagerado iterativamente, não só embriaga, como se torna um malefício ao organismo e à alma. Assim, é a liberdade. Esta, um valor da ordem, quando se torna instrumento de irresponsabilidade e abuso, desemboca na desordem. Então, pode emergir o caos e até o fim: do indivíduo à nação. Eis, na série Rastreando a Verdade, o cerne do tema XX.

Saudações Acadêmicas,

Klinger Sobreira de Almeida – Membro Fundador Cad. 12/Correspondente Academia Valadarense de Letras

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Rastreando a Verdade(XX)

LIBERDADE→Valor da Ordem

“Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros.” ― Nelson Mandela

O que significa liberdade para o animal selvagem? Permanecer em seu habitat; não ser caçado nem enjaulado. E o animal doméstico? Viver sem corrente e livre de maus tratos. E os pássaros? Voar e cantar, sem gaiolas e temores.

E o homem? Este, ser passageiro – algoz da natureza, dos animais e dos pássaros – traz em si uma alma que, em marcha cósmica, lhe dá vida. É o ser diferente no contexto do planeta. Dotado de inteligência, pensa e age (pensamento e vontade: potências da Alma). Traz, ainda, no âmago, também potência, a faculdade do livre-arbítrio, que é liberdade. Faz o que quer e deseja como evidencia a alegoria do primeiro momento: o casal no paraíso, mesmo alertado sobre o fruto perigoso, comeu-o e sofreu as consequências.

Livre-arbítrio! O homem, e só ele, escolhe, ao longo da travessia terrena, seguir a trilha do bem, ou desviar-se pela vereda do mal. E este é o dilema no qual a humanidade se debate desde seu alvorecer neste planeta de “provas e expiações” – estágio de almas imperfeitas que configuram ondulações entre altruísmo e perversidade. Pequena parte alcança razoável “elevação consciencial” e usa a liberdade rumo ao bem comum em trajetória sempre ascensional. A maioria emprega predatoriamente o livre-arbítrio: opta pelas benesses ilusórias; permanece em estase ou projeta-se em abismos, e retarda o processo evolutivo. Infringida a lei regente, a sanção é autoimposta.

A história da civilização demonstra, à saciedade, que a maioria perversa conduziu a humanidade às guerras sucessivas e cruentas, aos morticínios coletivos, à adoção da escravidão abjeta, à eliminação impiedosa de etnias, à prática da tortura... Porém, a minoria do bem se expande, gradualmente, e tem imposto alguns freios que contêm o desvario do mal (ONU, legislação internacional etc.). Na visão restrita de comunidade, emergiram as normas de ordem pública que, coibindo crimes, contravenções e infrações administrativas, ensejam a vida em sociedade.

Diante de uma humanidade ainda imperfeita, questiona-se: A liberdade, na sua concepção ampla, é possível? Em princípio, sim. Quando o ser humano, num porvir distante, evoluir a um patamar moral/espiritual elevado e compreender, na generalidade, que a vida é uma passagem fugaz: oportunidade de aquinhoar valores para sua trajetória ascensional. Então, a submissão à Lei do Amor – respeito à vida, honestidade, fraternidade, bondade, altruísmo, trabalho, solidariedade, misericórdia... – constituirá atitude natural e padrão no relacionamento interpessoal e coletivo. A ordem que representa progresso, harmonia e paz conterá a liberdade como seu valor maior.

O abuso da liberdade – invasão de propriedades, bloqueio de rodovias, destruição de laboratórios de pesquisa, desrespeito aos direitos de outrem, iterativas e descontroladas práticas delituosas... – leva à desordem. Esta, permitida e incentivada por governantes insensatos, acarreta o “liberticídio”. A liberdade, após agruras, choros e ranger de dentes, poderá ser reconquistada quando a ordem voltar a imperar.

Liberdade não condiz com desordem; é valor inerente à ordem.

Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref./PMMG, membro fundador ALJGR

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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2016/07/6160-soneto-verdade-xx-da-serie-por.html

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 18/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
Código do texto: T5701481
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