Impossível ser poeta.

Meu soneto, foi não foi, eu engesso

faço o que posso pois me doi seu pé quebrado

sou culpado, nego não, no processo

e confesso que me falta ser letrado.

Mas o fardo que carrego tem excesso

e no avesso do correto estou colado

e sai errado o que finda surrando o verso

que possesso vê meu soneto amarelado.

C cedilha faltou em desavenca

outra penca de erros tem também,

Amém. Peco e peço ao soneto

um jeito de não ver meus trocadilhos.

Impecilho é o trem sair dos trilhos

e eu, sem brilhos a poeta me meter.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 17/07/2016
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