Impossível ser poeta.
Meu soneto, foi não foi, eu engesso
faço o que posso pois me doi seu pé quebrado
sou culpado, nego não, no processo
e confesso que me falta ser letrado.
Mas o fardo que carrego tem excesso
e no avesso do correto estou colado
e sai errado o que finda surrando o verso
que possesso vê meu soneto amarelado.
C cedilha faltou em desavenca
outra penca de erros tem também,
Amém. Peco e peço ao soneto
um jeito de não ver meus trocadilhos.
Impecilho é o trem sair dos trilhos
e eu, sem brilhos a poeta me meter.
Josérobertopalácio