CONFISSÃO

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Ai, que ai tão doído são os meus ais

Que nem mesmo eu os suporto mais

Ai, ai, ai, meu Deus quem me dera

Que meus ais eu então suportasse

Para que em meu peito se transformasse

Em calma e conforto ao invés de quimera.

Ai de mim, pois não sou capaz

E meus ais cada vez doem mais

Dilacerando todo o meu peito

São ais de angústia, solidão e saudade

Ais de desprezo, ais de dor e maldade

Ai que já sinto ser um caso sem jeito.

Ai, ai, ai e todos os outros ais

Insistem em não me deixar jamais

São ais constantes, ai que vem, ai que vai.

Ai meu Deus, só tu que és perfeito

Será que não existe mais jeito?

Ou será para sempre, ai, ai, ai, ai!

Ignácio Santos.

ignacio santos
Enviado por ignacio santos em 14/07/2016
Código do texto: T5697240
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