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SURPRESA [691]
À que, em seus afins, já se moldou reaça.
 
 
Surpreendes!... E nem a mesma és.
Tu mudaste demais, e quão mudaste,
 da cabeça às pontinhas dos teus pés.
Só que mudas e em nada melhoraste.
 

Não te quero à beirada de um revés.
Mas zoavas até que já me amaste!...
Bem sabendo de ti, te lendo a tez,
teus orgulhos de sempre não largaste.
 

Ou mudaste, e pior, para o fascismo,
um cadente ideário, sem futuro,
que não é nada além dum pífio –ismo.
 

Ah, mudaste?!... Mudaste e progrediste.
Eu também não mudei, pois te procuro,
mas querer-te demais me bota triste.

 

Fort., 13/07/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 13/07/2016
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