Doce absinto
Edir Pina de Barros
Por tudo que esta vida me afortuna,
dominarei rancores, que rumino,
e cantarei seu lado bom, divino,
que viça nos seus vãos, cada lacuna.
Se existe tal penar, que me importuna,
e faz-me ruminar, perder o tino,
por conta dessa dor, que eu me amofino,
com ela aprenderei: sou boa aluna.
E enfrentarei a dor que dentro sinto
e beberei seu fel. Oh! Doce absinto
que guarda, em si, o bálsamo que cura.
E beberei a seiva, gole a gole,
até que toda mágoa se acrisole
e prevaleça a paz do amor, candura.
Brasília, 25 de Junho de 2016.
Edir Pina de Barros
Por tudo que esta vida me afortuna,
dominarei rancores, que rumino,
e cantarei seu lado bom, divino,
que viça nos seus vãos, cada lacuna.
Se existe tal penar, que me importuna,
e faz-me ruminar, perder o tino,
por conta dessa dor, que eu me amofino,
com ela aprenderei: sou boa aluna.
E enfrentarei a dor que dentro sinto
e beberei seu fel. Oh! Doce absinto
que guarda, em si, o bálsamo que cura.
E beberei a seiva, gole a gole,
até que toda mágoa se acrisole
e prevaleça a paz do amor, candura.
Brasília, 25 de Junho de 2016.
Lira insana, 2016: pg.25