Delírios à Morte
Escrevo sobre o ignoto para conhecer
O riacho nítido do destemido amor
Nas linhas bem escritas do entristecer
A outra vida que tenho no rancor.
Não chego a lugar nenhum por aqui
Este sofrer é diáfano e às vezes lasso
Amar que não é amar as cores daqui
Essa paixão me abarca e ensandeço.
O amor não é nada em tantas vidas
A ameaça e a jura consumidas
Dores navegando sobre o meu ser.
Lancinantes demais, tudo partindo
O infausto terror, seja bem vindo
Mulheres e lágrimas nuas no morrer.
HERR DOKTOR