Pássaro liberto
Edir Pina de Barros
Não quero, não, jantar à luz de velas,
nem liras a gemer candentes versos,
nem toques de candor, os mais diversos,
ou sinos a planger lá nas capelas.
De nada valem rosas nas janelas,
- jamais perfumarão os meus anversos –
ou juramentos, sempre controversos,
pois deixam, alma adentro, dor, sequelas.
Enfim, cobiço nada. E não desejo
quaisquer promessas. Amo a liberdade
de amar o amor, que é pássaro que voa.
Ai! Deixa-me voar! Que eu sempre adejo
nos céus azuis, e não suporto grade
anseio assim viver, voando à toa.
Brasília, 16 de Junho de 2016.
Edir Pina de Barros
Não quero, não, jantar à luz de velas,
nem liras a gemer candentes versos,
nem toques de candor, os mais diversos,
ou sinos a planger lá nas capelas.
De nada valem rosas nas janelas,
- jamais perfumarão os meus anversos –
ou juramentos, sempre controversos,
pois deixam, alma adentro, dor, sequelas.
Enfim, cobiço nada. E não desejo
quaisquer promessas. Amo a liberdade
de amar o amor, que é pássaro que voa.
Ai! Deixa-me voar! Que eu sempre adejo
nos céus azuis, e não suporto grade
anseio assim viver, voando à toa.
Brasília, 16 de Junho de 2016.
Lira insana, 2016: pg. 60