É outono...
É outono. Madurecem as pokãs
e penso ainda, amor, nos amanhãs.
Quantos deles virão talvez c’ o vento
trazendo-nos um gosto suculento?
Resistem ainda as folhas com afãs;
crescem os favos, doces talismãs...
É outono. Algo cai ou faz-se alimento.
Nosso amor enche cestos e momentos...
Então nos sentaremos pela terra;
as mãos cheias de tantas oferendas;
nas bocas, o beijo ocre se desterra...
Nossos beijos tingidos desse âmbar;
converte-nos em fruto—doce lenda
de namorados cujo dom é amar...
( Imagem: google)
OBS: Soneto de meu projeto em fase final.