É no silêncio...
Edir Pina de Barros

Enquanto escrevo, a dor se acalma e dorme,
e não tortura ou mói os meus anversos,
e fico, assim, sozinha com meus versos,
que trazem tanta paz, prazer enorme.
 
E, me possibilita que transforme,
a escuridão em luz, de tons diversos,
porque os penares trazem, nos reversos,
a poesia pura e multiforme.
 
E brota, lenta, enquanto a dor se aquieta
no cerne d’alma. E quando se completa
eu posso ouvir as vozes da quietude.
 
E no silêncio – em sua plenitude -
em meio à mutação, vicissitude,
se manifesta, em mim, o ser poeta.
 
Brasília, 08 de Junho de 2016.
Lira insana, 2016: pg. 20
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 08/06/2016
Reeditado em 01/09/2020
Código do texto: T5661184
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