MEIO SIM, MEIO NÃO

Não sabia o quanto te amava
até a vida impor-me tua ausência.
Nos dias em que a noite tardava
pesquisava razões, paciência.

Hoje nada mais me imponho
que não seja o sentimento.
Permito-me até um sonho,
a tarde em que me reinvento,

a manhã em que emergem saudades.
Fico assim meio amenidades,
meio te lembrar, meio te esquecer.

E, no meio disso, meu coração
desconcertado, meio sim, meio não,
querendo muito, no fundo, te rever.