Amar (1)
Edir Pina de Barros
Amar, um precipício - abismo interno –
no qual se perde o tino, nas escarpas,
e o coração, sangrando em finas farpas,
conhece o paraíso e o pleno inferno.
Amar – enflorescer no próprio inverno –
que assim nos faz sonhar, ao som das harpas,
e nos envolve em rendas, véus e charpas,
transforma um ente livre em subalterno.
Amar! Amar! Inferno e paraíso,
nos quais se quebra o espelho de Narciso
e ver o Outro, em sua plenitude.
Melhor saltar no abismo da emoção,
porque nos planos frios da razão,
as farpas são mais finas, amiúde.
Brasília, 27 de Maio de 2016.
Edir Pina de Barros
Amar, um precipício - abismo interno –
no qual se perde o tino, nas escarpas,
e o coração, sangrando em finas farpas,
conhece o paraíso e o pleno inferno.
Amar – enflorescer no próprio inverno –
que assim nos faz sonhar, ao som das harpas,
e nos envolve em rendas, véus e charpas,
transforma um ente livre em subalterno.
Amar! Amar! Inferno e paraíso,
nos quais se quebra o espelho de Narciso
e ver o Outro, em sua plenitude.
Melhor saltar no abismo da emoção,
porque nos planos frios da razão,
as farpas são mais finas, amiúde.
Brasília, 27 de Maio de 2016.
Lira insana, 2016: pg. 29