Vozes ancestrais (2)
Edir Pina de Barros
Compreender, de fato, os sons externos,
que chegam, tão confusos, aos ouvidos,
exige, sim, buscar nos tempos idos,
as fontes dos conflitos, os modernos.
Memória registrou, nos seus cadernos,
com sangue, que escorreu dos desvalidos,
mas que lutaram firmes, destemidos,
as crônicas dos povos subalternos.
Escuta, que o silêncio alto fala
das coisas, que no colo, o tempo embala,
e está em tantos mitos e locais.
As vozes ancestrais, portanto, escuta,
atento às mil raízes da disputa
fincadas desde os tempos coloniais.
Brasília, 17 de Maio de 2016.
Edir Pina de Barros
Compreender, de fato, os sons externos,
que chegam, tão confusos, aos ouvidos,
exige, sim, buscar nos tempos idos,
as fontes dos conflitos, os modernos.
Memória registrou, nos seus cadernos,
com sangue, que escorreu dos desvalidos,
mas que lutaram firmes, destemidos,
as crônicas dos povos subalternos.
Escuta, que o silêncio alto fala
das coisas, que no colo, o tempo embala,
e está em tantos mitos e locais.
As vozes ancestrais, portanto, escuta,
atento às mil raízes da disputa
fincadas desde os tempos coloniais.
Brasília, 17 de Maio de 2016.
Lira insana, 2016: pg. 22