EM MEU VIVO VAGAR MORTO - Poesia nº 63 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Fatigada, a minha alma se encolhia,
Tentava aliviá-la destas dores,
Mas, ela se fechava e recolhia
Meus anseios, matando meus amores!
Gemia amparando-me num vulto,
Que era eu mesmo, o mártir peregrino;
O meu viver, a Deus fez-se insulto
Por esse mal, na fuga do destino!
A minha boca ali se arreganhava,
Dando risadas para o desconforto
Da mente, que foi solta na loucura!
Pelos corpos que eu em vida lutava,
Nos sexos violados..., fiquei morto,
Penando a vagar sem ter sepultura!
Eduardo Eugênio Batista
@direitos autorais registrados
e protegidos por lei