DUELO DE TEMPESTADES - Poesia nº 62 do meu segundo livro "Internamente exposto"
No peito, o abandono pela ausência...
E a rodear-me tão embravecida,
Vejo uma nuvem bem enegrecida
A chorar tempestades em clemência!
Lá fora - o tempo em chuva desaba,
Estronda a terra - que a si mesma agride;
Por ela, hoje o meu amor já se divide,
Porque levo uma dor que não se acaba!
Deus! Fazei-me esquecer desta penúria,
Que o desgosto em mesma ira eu vejo,
Dois céus em desencanto e triste fúria...!
Que o tempo leve a reza e ela, meus beijos,
Se vós Deus, aceitar, sem ser injúria,
Que eu mate esse amor com seus relampejos!
Eduardo Eugênio Batista
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