MATE-ME, Ó PECADO! - Poesia nº 60 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Desta culpa que nunca mais se acaba,
Sou o mais triste dos viventes seres,
Vou definhando nela em meus prazeres
Num manto de céu negro que desaba,
A cada ano que a vida me transporta!
Por onde adentrou tal insanidade,
Não há em mim a cura da maldade,
Pois a ela meu destino se fez porta,
Pela cega volúpia a inocentes!
Fiz minha cova assim, a outro matando,
Na mágoa que este ser vai carregando!
Mate-me Deus! Por dores penitentes...
Não mereço o ar que estou respirando,
Já me aprontei pra morte a esperando...!
Eduardo Eugênio Batista
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