A VALSA DO CÉU E DO INFERNO - Poesia nº 57 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Dentro de todo ser há esta dança
Do coração, com a tal dona morte!
Como escapar? Ser digno sem sorte,
Se nele não habita a confiança?
Se for pelos seus bens esses teus medos?
Há! Mas é certo que não há saída!
Porque da nossa vida construída,
Pouco se leva. São nossos segredos...
Tesouro da alma é o que nos basta,
Entre a passagem pra chegar aos céus;
É pra lá que o compasso, sim, te arrasta...,
...Se não sentares no banco dos réus.
...Mas se a dança for por vida nefasta,
Vais pro inferno, atiçar os fogaréus!
Eduardo Eugênio Batista
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