A VALSA DO CÉU E DO INFERNO - Poesia nº 57 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Dentro de todo ser há esta dança

Do coração, com a tal dona morte!

Como escapar? Ser digno sem sorte,

Se nele não habita a confiança?

Se for pelos seus bens esses teus medos?

Há! Mas é certo que não há saída!

Porque da nossa vida construída,

Pouco se leva. São nossos segredos...

Tesouro da alma é o que nos basta,

Entre a passagem pra chegar aos céus;

É pra lá que o compasso, sim, te arrasta...,

...Se não sentares no banco dos réus.

...Mas se a dança for por vida nefasta,

Vais pro inferno, atiçar os fogaréus!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 25/04/2016
Código do texto: T5616478
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