A PENA DE MIM - Poesia nº 56 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Preso dentro da dor que me inferna,
Dos tantos anos tristes meus, passados,
Numa só noite que me é eterna,
Vêm lástimas punir os condenados!
Costuro assim no musgo, esse meu vulto
Da pobre penitência que morta,
Podre me habita! Vêm-me o eu sepulto,
Pra se ajoelhar já defronte a porta...,
...Do inferno, que como boca se abre,
E engole as minhas cruzes do pecado!
Ó dor que causei só a mim sentida...,
...Condene-me com um golpe de sabre,
Deixe o sangue vazar bem derramado,
Onde essa pena do eu matou-me a vida!
Eduardo Eugênio Batista
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