A PENA DE MIM - Poesia nº 56 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Preso dentro da dor que me inferna,

Dos tantos anos tristes meus, passados,

Numa só noite que me é eterna,

Vêm lástimas punir os condenados!

Costuro assim no musgo, esse meu vulto

Da pobre penitência que morta,

Podre me habita! Vêm-me o eu sepulto,

Pra se ajoelhar já defronte a porta...,

...Do inferno, que como boca se abre,

E engole as minhas cruzes do pecado!

Ó dor que causei só a mim sentida...,

...Condene-me com um golpe de sabre,

Deixe o sangue vazar bem derramado,

Onde essa pena do eu matou-me a vida!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 25/04/2016
Código do texto: T5616477
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