Desilusão
Desilusão
Fazer o quê, a vida continua,
cresce pra baixo o rabo do cavalo.
O meu amor você jogou no ralo.
Recordações? Talvez já nem possua.
Eu fico aqui rezando, olhando a lua
e, vez por outra, vem na mente o estalo:
penso em cantar, mas em seguida eu calo.
Cantar o quê, pra quem? Ah, vou pra rua!
Fazer o que na rua? O amor da esquina
não tem o mesmo encanto, (ou fingimento?)
Talvez seja uma dama, uma menina
querendo partilhar seus sentimentos.
Não! Ficarei aqui pois me fascina
lembrar as ilusões de alguns momentos.
Gilson Faustino Maia