QUERÊNCIA
QUERÊNCIA
Quero! Quisera... Qual qualquer quimera
Não ser; não ter; não ver senão o campo
Longe... Tão-só à luz do pirilampo,
Habitar mato adentro uma tapera!
Qual um canto qualquer, quero! Quisera...
Ruir em decadência; abrir o tampo
Da abóboda do céu por onde acampo
A ver as soledades d’outrera...
Não quereria o que queria porque
-- Quer medo, quer tristeza, ou senão ambos --
Tais quereres perdi em meio a escambos...
E hoje, arguo ao nada por tudo: Que é de?
Meridional: Lugar meu mundo afora.
Quero! Quisera... Tudo aqui e agora!
Betim - 08 04 2011