SONETO DO VERO CAMINHO
 
O ir sozinho depois é muito duro,
e é segredo da nossa eternidade.
Fazer o certo pela imensidade,
buscar-se no que é justo assim procuro.
 
Mas cada dia aflora enorme muro,
que é superar-se sem comodidade,
na busca do desenho da vontade.
Mensuro este desenho e então rasuro.
 
Até achar o que me honra neste mundo,
sem me perder no acaso destes ventos
que nos fazem perder o que é profundo
 
e deste ponto a luta contra o imundo
e às vezes embriaga nos momentos
até perder noss'alma lá no fundo.