INOLVIDÁVEL
INOLVIDÁVEL
Externar demais soa a essas ameaças
Feitas ora impropério; ora desvelo.
E após, arrependido, o último apelo
No qual só desespero tu abraças...
Considera tudo isso vãs fumaças
Já d'um errante em trôpego atropelo.
Pois se sofrido o amor, melhor perdê-lo
Do que se deixar ser deixada às traças!
N’outro amor, porém, hás-de te vingar
Quando subindo ao altar qual alto pódio,
Verás que reconhecem teu valor.
Mas então, se insistires em me amar,
Cuido que atormentas tu com ódio,
Àquele que torturas com amor.
Contagem - 05 02 2012