A MUSA
Ah! doce nuvem que sobres mim agigantas
Domina minha prudência, tino, minha razão
Alterando minha voz, siso, minha diapasão
Sob comando de áureos mecenas altruístas
Oh! seus atos, mitos e vitórias foram tantas
Que inebriam e entorpecem a minha visão
Quando da Lira, Cítara fazem a sua fusão
Ignorando suas origens em nada correlatas
Da Trácia, tendes a sublime arte da Lira
Que Orfeu dominava, como uma Cítara
Protegendo-a com pele e olor de mirra
Assim é minha musa, o meu amor sarará
De olhos claros e pele branca surgira
Calíope, Apolo diga-me onde ela estará.
26/03/2016