De como amar em meus tempos
à um hedonista
Pois cada adeus precede uma distância
E todo amor precisa de uma entrega
Até - é uma presença que se nega
Como um jamais pressente a relutância
Não comprometo a mim com observância
À mais humana e desejada instância
Das emoções e ao que não raro lega:
Fazer sofrer aqueles a quem cega.
Só digo “adeus, Amor, até jamais”
Ditando pela frente a intolerância
Por medo de querer voltar atrás
De toda entrega pretendo distância
Pois, só, negando o amor, sem relutância,
Amar a mim há de valer-me mais.