De como amar em meus tempos

à um hedonista

Pois cada adeus precede uma distância

E todo amor precisa de uma entrega

Até - é uma presença que se nega

Como um jamais pressente a relutância

Não comprometo a mim com observância

À mais humana e desejada instância

Das emoções e ao que não raro lega:

Fazer sofrer aqueles a quem cega.

Só digo “adeus, Amor, até jamais”

Ditando pela frente a intolerância

Por medo de querer voltar atrás

De toda entrega pretendo distância

Pois, só, negando o amor, sem relutância,

Amar a mim há de valer-me mais.

Caio Batista
Enviado por Caio Batista em 24/03/2016
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