6.087-SONETO À VERDADE [8º DA SÉRIE] -CAMINHO DO MEIO- Noneto-Poético-Teatral Nº 32- Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)

6.087-SONETO À VERDADE [ 8º DA SÉRIE ]-CAMINHO DO MEIO

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Noneto-Poético-Teatral Nº 32-Soneto interpretativo nº 6.087

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)

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Comentando A Crônica [Rastreando a Verdade] [8º da Série]

-Caminho do Meio _ A Senda da Felicidade:

De Klinger Sobreira de Almeida.

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Há uma Verdade nesta Lei Regente

do Criador na Luz, sem trevas/dores:

-A Mão de Deus aberta em nossa mente

é generosa ao mundo, tem valores.

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Nada de extremos, pois a Mão luzente

sábia se fecha ao Mal dos seus “senhores”

não há ascensão do SER na trilha e sente:

-Radicalismo faz gerar rancores.

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Errar, cair, sofrer, subir ao monte

da evolução que ao homem faz crescer!

Trilha do MEIO, livre-arbítrio traz.

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Em Cristo, Buda, Okawa... bela Fonte:

-a Fé no túnel faz Amor nascer.

Felicidade é senda para a Paz.

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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes//

na 4ª, 6ª, 8ª; 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB,CDE, EDE;

Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético:

CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais apenas.

SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais.

(Noneto musical criado por Villa Lobos)

(Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta)

Mensagem conclusiva no 14º Verso( Último do segundo terceto).

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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5541025

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Belo Horizonte, 11 de fevereiro de 2016

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Prezados Confrades e Confreiras,

Quão bom retornar ao convívio com vocês neste ano de luz e esperança: 2016! Espero encontrá-los firmes e dispostos – vontade incoercível! – para ajudar o Brasil neste transe difícil. Se nada podemos fazer na linha de frente, pelo menos nos é lícito, na retaguarda, concorrer com pensamento positivo, espargindo otimismo e luz.

Na sequência da série “Rastreando a Verdade”, segue à sua apreciação o tema VIII – Caminho do Meio → A Senda da Felicidade. Fiquem à vontade para a crítica, pois sou apenas um obreiro-aprendiz nessa busca.

Saudações Acadêmicas

Rastreando a Verdade (VIII)

Caminho do Meio → A Senda da Felicidade

A vida humana, essa travessia fugaz, ora nos agracia em ganhos, ora em perdas. Ora sítios amenos, ora terrenos agrestes; ora pastos verdejantes; ora escarpas e abismos.

É possível fazer a travessia humana desfrutando tão somente dos ventos suaves da bonança? É possível evitar os campos que nos trazem armadilhas e sofrimentos? É possível alcançar a felicidade? Sim! É possível. Desde que, no exercício do livre-arbítrio, elejamos como rota o Caminho do Meio. Em que consiste este caminho?

Um andarilho, adentrando por ínvias trilhas, deparou-se com um violeiro que afinava seu instrumento. Ora folgava as cordas do violão, e som desafinado. Ora esticava-as em demasia e ocorria a ruptura. Então, substituição de cordas e paciência, buscando-se o ponto do ajuste. Este veio e, pelas mãos do artista, a melodia ecoou naquelas paragens. Fluiu pelo Caminho do Meio. Extasiado, o andarilho iluminou-se interiormente: - cordas não folgadas nem esticadas em demasia!

Sidarta, o Buda, que vivenciara riqueza plena e privação total, recuperando suas forças, encontrou a via da felicidade: o Caminho do Meio. Ensinou-o, difundiu-o... Modernamente, um dos divulgadores dessa ensinança ancestral é o místico Ryuho Okawa, em que nos ancoramos para adaptar uma metáfora significativa.

A Mão de Deus se estende, aberta e generosa, a todo ser humano. Nela, cada um jornadeia em ascensão. Ela – suave e nutriente – é vereda de luz; trilha sem penhas escarpadas, sem chão agreste, sem terras áridas... O viajor só se depara com ganhos e felicidade. É a travessia que se faz pelo Caminho do Meio. Porém há uma Lei Regente, imutável e inafastável – a Lei do Amor – com suas variantes intrínsecas: Fraternidade, Bondade, Misericórdia, Compaixão, Mansuetude, Trabalho, Humildade, Justiça... Se o viandante infringe a Lei, a Mão se fecha; no lugar da luz, trevas. Então, tropeços, quedas, rastejar... Vêm perdas, fracassos, doenças...

Poucos possuem discernimento para encontrar, no cipoal da travessia, o Caminho do Meio. Na vida pessoal, consagram o Ter em detrimento do Ser; entronizam o egoísmo e a vaidade. Na vida relacional e política, situam-se nos extremos. Ora radicalismo à esquerda, no culto a um socialismo utópico que suprime a liberdade e atrai a miséria. Ora à direita, numa visão enviesada em que se julgam privilegiados do destino: absoluta propriedade e gozo de bens que não lhes pertencem, e sim, a Deus; conservadores, só querem para si; embora sabedores das injustiças sociais gritantes e miserabilidade de milhões de irmãos, não abrem suas janelas ao mundo.

O Caminho do Meio implica em desapego. Ter sem escravizar-se; erigir o Ser como meta. Se o poder, a glória e a riqueza lhe acontecem, atentar que estes não o acompanham ao final da travessia fugaz. Assim, não se inebrie; caso contemplado com as benesses do mundo, administre-as como posseiro de Deus, visando ao bem comum. Alcançado o pico da trajetória humana, cabe-lhe erradicar o egoísmo e o orgulho, e cultivar os valores da humildade e gratidão. Sim, gratidão a Deus e ao próximo.

O Caminho do Meio – senda da felicidade – está sempre aberto ao viajor terrestre. Seu acesso é factível à proporção que nos elevemos consciencialmente.

Klinger Sobreira de Almeida, Militar Ref./PMMG e membro ALJGR

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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5541025

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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2016/02/soneto-verdade-8-da-serie-noneto.html

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 12/02/2016
Reeditado em 06/04/2016
Código do texto: T5541025
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