Pássaro Ferido

Qual pássaro na gaiola encarcerado

Asas atadas, sonhos e ilusões perdidas

A debater-se meu eu desesperado

Jaz desolado em grades retorcidas

Na ânsia de voar, sentir-se libertado

Exangue, esquece as dores das feridas

Tentando evadir-se já tão baqueado

Restando-lhe a esperança de outras vidas.

Mas apesar de tudo, o pássaro canta

Chora uma poesia de tristeza tanta,

Que sangra-lhe o peito ao lembrar a desdita

Não te agastes assim pássaro ferido

Teu lamento será por Deus ouvido

E Ele então libertará a tua alma aflita.

Fátima Almeida

11/02/16

Fátima Almeida
Enviado por Fátima Almeida em 11/02/2016
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