Vento! Dos começos e dos fins o mensageiro,
Beija minha face agudamente sofrida
E ouve – clemente – nas vestes deste outeiro
A breve prece desta soluçante vida.
Nada tenho de beleza, de alvissareiro:
Apenas suspiro, saudade, despedida...
Trago-lhe por oferenda mãos de coveiro...
Estas mãos marcadas de esperança vencida.
...Tens o sumário de todos os meus suplícios
Junto aos vermes que me escutam solitário
Entre coroas, cravos, lágrimas e martírios.
Aos Céus leva os clamores deste meu rosário!...
Destas covas quero findar meus exercícios
Para ao menos descansar na terra o meu ossário.
(Publicado no livro "CORPOS MARCADOS", p. 39, editora Scortecci, 2017, autoria de Carlos Fernandes).
Beija minha face agudamente sofrida
E ouve – clemente – nas vestes deste outeiro
A breve prece desta soluçante vida.
Nada tenho de beleza, de alvissareiro:
Apenas suspiro, saudade, despedida...
Trago-lhe por oferenda mãos de coveiro...
Estas mãos marcadas de esperança vencida.
...Tens o sumário de todos os meus suplícios
Junto aos vermes que me escutam solitário
Entre coroas, cravos, lágrimas e martírios.
Aos Céus leva os clamores deste meu rosário!...
Destas covas quero findar meus exercícios
Para ao menos descansar na terra o meu ossário.
(Publicado no livro "CORPOS MARCADOS", p. 39, editora Scortecci, 2017, autoria de Carlos Fernandes).