Soneto Decadente
Ao longe teu estandarte sangrento
Ostenta a célebre marca dos caídos
Guiando o cortejo já sem tempo
Pelas vielas sujas do infinito
Nada urge, e o vento ruge rude
Nas profanadas criptas do esquecimento
Assim como vós a voz ouvistes
O ouço pairar como infindável lamento
Crescem em tuas entranhas estranhas
Desespero, desamor e corrupção
Decorando os corredores de uma alma sem salvação
Na branquidão da manhã, haverá tochas por entre a neblina
A procissão descrente crescerá com os renegados
Abraçando-se forte com túnicas de arame-farpado...