Não me diga que...

Nunca cometeu um erro, ainda que pequeno,

Nunca esquivou de tudo sem qualquer ferida,

Que a sua voz malogrou em estranho terreno,

Que do nada se achou com su’alma perdida.

Nunca quis seguir por uma estrada sem fim,

Nem tomou um porre para esquecer alguém,

E não me diga que o seu não nunca foi sim,

Não me diga que nunca lesou, perdeu o trem.

Não me diga que jamais teve qualquer medo,

Não me diga que não tirou desejos do sonho,

E que nunca choramingou com jeito risonho.

E não me diga que jamais contou um segredo,

Que nunca descumpriu a palavra ou juramento,

E que ninguém jamais roubou seu pensamento.

Uberlândia MG

Soneto infiel- sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 19/11/2015
Código do texto: T5454063
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