Não me diga que...
Nunca cometeu um erro, ainda que pequeno,
Nunca esquivou de tudo sem qualquer ferida,
Que a sua voz malogrou em estranho terreno,
Que do nada se achou com su’alma perdida.
Nunca quis seguir por uma estrada sem fim,
Nem tomou um porre para esquecer alguém,
E não me diga que o seu não nunca foi sim,
Não me diga que nunca lesou, perdeu o trem.
Não me diga que jamais teve qualquer medo,
Não me diga que não tirou desejos do sonho,
E que nunca choramingou com jeito risonho.
E não me diga que jamais contou um segredo,
Que nunca descumpriu a palavra ou juramento,
E que ninguém jamais roubou seu pensamento.
Uberlândia MG
Soneto infiel- sem métrica
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/