O que dirá
O que dirá
O que dirá o poeta numa noite enluarada.
Sob o teto estrelado a mirar o infinito.
Ouvindo ao longe, sussurros apaixonados,
Que contam a Lua seus segredos íntimos.
O que dirá o garçom, o eterno confidente.
Daquele, que o procura para desabafar.
Em frente ao balcão, altar eterno do ébrio.
Que faz de confessionário o balcão de bar.
O que dirá a Lua guardiã de tantos segredos.
Ditos a ela, num momento de grande ternura.
Tendo como testemunha milhões de estrelas.
O que dirá o boêmio na sua eterna andança.
Varando as madrugadas e rompendo auroras.
Vendo e ouvindo o cantar dos apaixonados!
Volnei Rijo Braga
Pelotas: 02/11/2015