Perene
Edir Pina de Barros
Eu sei, sabemos nós que a vida é curta,
ao se viver o raro e puro amor,
mas cantarei e canto o seu candor,
que nem o próprio tempo rouba, furta.
Sabemos nós, também, que morte encurta
o tempo da matéria. E traz a dor,
e, mesmo assim, versejo em seu louvor,
com seiva de uma orquídea, lírio ou murta.
Em todo canto é sempre luz, é prece
e sobrevive à tudo. Não fenece
na vida além, após o infindo inverno.
E cantarei, porque não morre, nunca,
o grande afeto. E a garra forte e adunca
da morte, é frágil, ante o amor eterno.
Brasília, 28 de Outubro de 2015.
Versos alados, pg. 16
Edir Pina de Barros
Eu sei, sabemos nós que a vida é curta,
ao se viver o raro e puro amor,
mas cantarei e canto o seu candor,
que nem o próprio tempo rouba, furta.
Sabemos nós, também, que morte encurta
o tempo da matéria. E traz a dor,
e, mesmo assim, versejo em seu louvor,
com seiva de uma orquídea, lírio ou murta.
Em todo canto é sempre luz, é prece
e sobrevive à tudo. Não fenece
na vida além, após o infindo inverno.
E cantarei, porque não morre, nunca,
o grande afeto. E a garra forte e adunca
da morte, é frágil, ante o amor eterno.
Brasília, 28 de Outubro de 2015.
Versos alados, pg. 16