Saudade VII
Ela veio chegando de mansinho,
De mansinho assentou-se ao meu lado,
Compreendendo o peso de meu fado,
Entabulou conversa com carinho.
Tinha as mãos tão fofas como arminho,
Um tímido sorriso emoldurado
Ao rosto, que o meu rosto acanhado,
Rodopiava em doce torvelinho.
Falou-me de um tesouro do passado,
Lithos amores, tudo bem guardado:
Jadeites, garnetes, Jaspe e Jade...
Após um longo beijo murmurou:
- Posso dormir aqui...? Sabes quem sou!
- Sim, podes, respondi. És a Saudade.
Aracaju Sergipe, 12 /09/2015