Imagem da Internet



O SONHO [599]
                            À idade nova do comandante Fidel

 

Não se finda, porque não é finito:
em si mesmo, tem estro sempre aceso.
Vir a ser, mas com seu pesado peso,
um farol nas ribaltas do infinito.
 

Sendo lume, também portando mito,
a ninguém que o recorra dá desprezo;
toda algema, que prende e te põe preso,
já me indigna, afinal, me faz aflito.
 

Liberdades, ó pães de uma utopia!
Vós me tintais em foros quixotescos
da mais sã e incomum filosofia.
 

Mas o sonho não é sonhar sofismas
 – bem requer tracejemos arabescos,
sonhos novos e por vermelhos prismas.
 

Fort., 15/08/2015.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 15/08/2015
Código do texto: T5347091
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.