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- Quadro abstrato, tipicamente lírico, de José Luis Gata (Esp.).
O SEMPRE DO SONETO [594]
Um soneto prospera, vai à flora,
como a pedra que grita no deserto.
Longe estando, desponta já por perto
e a caneta assessora, aqui e agora.
Inconsútil, por si, bastante esperto,
em quatorze riscados ele mora;
vendo versos caolhos sempre chora,
porque não acha nada disto certo.
Um soneto resiste às intempéries
e, longevo, costuma vir em séries,
como o verde sonoro da floresta.
Dos sonetos o sempre, a resistência:
onde deles o dedo põe ciência,
já é certo também eu ir-me à festa.
Fort., 02/08/2015.
- Quadro abstrato, tipicamente lírico, de José Luis Gata (Esp.).
O SEMPRE DO SONETO [594]
Um soneto prospera, vai à flora,
como a pedra que grita no deserto.
Longe estando, desponta já por perto
e a caneta assessora, aqui e agora.
Inconsútil, por si, bastante esperto,
em quatorze riscados ele mora;
vendo versos caolhos sempre chora,
porque não acha nada disto certo.
Um soneto resiste às intempéries
e, longevo, costuma vir em séries,
como o verde sonoro da floresta.
Dos sonetos o sempre, a resistência:
onde deles o dedo põe ciência,
já é certo também eu ir-me à festa.
Fort., 02/08/2015.