Escreva poeta!
Do primeiro ao quinto não há quase,
Vibre a base da rima, esquente,
Passe rente ao contexto e a frase
Pedirá ênfase pra ser diferente.
Vá em frente, quem quiser que argumente.
Vá consciente ao texto, entre em fase,
Quase nada é tudo se há vontade, tente,
A mente é capaz quando no êxtase.
Que se pese a tal nata e a sobra
Da obra a que o poeta se atreva,
Desentrava o prazer, não soçobra.
Faz da cobra um Paraíso e uma Eva.
Escreva, poeta, do primeiro ao quinto,
Seu dom é o mapa desse labirinto.
Josérobertdecastrpalácio